quinta-feira, 21 de julho de 2016

20 de julho de 2016 - Nasce Maria e....um pai

Sabe aquele momento tão esperado, tão aguardado, tão desejado? Pois é, ele finalmente aconteceu. Dia 20 de julho de 2016, as 08:51, minha linda princesa Maria Tereza veio ao mundo e se revelou para todos nós. Eu disse que ela veio ao mundo dos homens, mas para nós pais, ela já era o próprio mundo. Na minha primeira postagem no blog eu falei que aquilo era o início de tudo, a descoberta de um novo mundo, uma nova vida. Hoje, dia 21 de julho, eu digo que tudo aquilo que eu imaginei se multiplicou infinitamente. Eu não tinha ideia da emoção que estaria por vir. Sinceramente eu nem sei se vou conseguir colocar isso no blog, pois tem muita coisa a ser dita, mas tem muita coisa que não vou conseguir explicar. A emoção se revela em um olhar afetuoso, uma lembrança do rostinho, do cheiro, da pele, da vontade de não sair de perto, de ficar junto, colado, ao lado, marcado com tatuagem. Vamos lá, vou tentar.
Dia 19, por volta das 17:50, minha esposa chegou ao hospital, levada por meus tios Vera e Júlio, juntamente com minha sogra. Eu, saí do trabalho as 16:40 (mais cedo do que saio), vim para casa, tomei um banho, fiz um lanche e fui de táxi para o hospital Caxias D´or. Chegando lá tive que esperar até as 23:00 para  junto de minha esposa, na área de repouso, pois o plano de saúde demorou a autorizar.  A ansiedade era imensa, a preocupação também. Eu não podia transparecer isso para ela, mas a demora em ela ir para o quarto me deixou super angustiado. As 23:50 a autorização saiu e ela passou por mais um exame antes, a cardioecotocografia. Tudo normal e fomos para o quarto. Os pais estavam a nossa espera. Já era mais de 1 da manhã quando finalmente decidimos descansar. Detalhe: no quarto a poltrona não era reciclável e eu peguei a outra poltrona do leito ao lado e coloquei na minha frente. Fiz uma meia cama improvisada, aonde eu sentei em uma e coloquei as pernas para frente na outra. Para dormir foi uma tortura, mas o corpo resolveu apagar. Por volta das 5:15 o rapaz da filmagem do parto me ligou, eu despertei e tentei cochilar novamente. As 17:40 eu estava de pé e fui tomar um banho. As 6 ela deveria começar a se preparar para a cirurgia que seria as 7. Meus sogros chegaram por volta de 6:30 e fizemos a filmagem no quarto.  Dona mamãe estava calma e eu uma pilha de nervos. Nem o passiflora que tomei resolveu. As 7:50 ela desceu para se preparar para a cirurgia, levar anestesia raquiana. Acompanhei ela e a filmagem foi acontecendo. Quando ela entrou para a sala eu fui para a outra, colocar a roupa para entrar no centro cirúrgico. Nessa hora eu apenas pensei: está chegando o momento de conhecer minha filha. Comecei a me tremer, a chorar e  ao mesmo tempo tentei me conter para não ficar chorando na frente do rapaz que estava filmando. Fiquei todo o tempo ao lado da minha esposa, meio agachado pois sou muito grande e eu não queria ver ela sendo cortada. Quando minha filha saiu de seu ventre ela veio direto para nós, toda suja, chorando, mas olhando para nós. Só agradeci a Deus pela vida daquele ser e ao mesmo tempo fiquei babando com minha esposa. Um anjo medindo 3.640 kg e 50 cm estava na minha frente.  Depois de ela ser limpa, fomos até o berçário e fiquei todo o tempo próximo. Foi medida, avaliada, mimada e eu ali, Um pouco depois minha esposa foi para o quarto e minha amada filha precisou ficar na encubadora pois, como filha de diabética gestacional, outros exames precisavam ser feitos. Vovó e vovô apareceram e ficaram paparicando ela, pelo vidro, mas paparicando. E eu ali babando. As 13:30 minha filha foi liberada para o quarto. Os exames estavam bons, ela não apresentava sinais de diabetes, nem nenhuma outra deficiência que poderia vir a ter. Claro que minha esposa, eu e meus sogros ficamos super felizes. 

As 15:00 fui ao cartório, com o documento dado pelo hospital e mais a documentação necessária para fazer o registro. Andei um bom pedaço com meu sogro, mas estava tão feliz que nada me importava. Devido a hora, e pelo fato de o cartório não estar vazio, meu sogro voltou para o trabalho e eu fiquei. Peguei o número 023 e cerca de 1 hora depois que cheguei, fui atendido.  Preenchi os papeis com o maior carinho e cuidado do mundo. Minha filha se chama Maria Tereza Pontes Quiorato de Oliveira e tem até CPF. Mas sabe o que me deixou mais feliz? Ela vai ter identidade com o nome de pai e mãe. Parecia que eu estava segurando um troféu nas mãos e na verdade aquele papel simbolizava o meu bem mais precioso. Eu ganhei um diploma de pai, Um prêmio, igual a uma medalha. De agora em diante eu não sou apenas marido da Maithê, eu sou o pai da Maria Tereza. Pai. Essa palavra para mim agora tem um peso enorme. Um sentido grandioso. Eu que não conheci meu pai, que não sei nem o nome, agora vou poder falar para todo mundo que sou pai de uma menina linda. Linda aliás é um adjetivo que estou me acostumando a ouvir, e isso começou na hora que Maria nasceu. Todos ficaram admirados e encantados com essa flor. Voltei para o hospital a pé, mas com um sorriso de orelha a orelha.  Fiquei lá até as 21:00, quando vim embora com meu sogro e minha sogra ficou para passar a noite com elas.

Eu havia dito várias vezes para minha esposa que iria secar o bar da minha casa quando Maria nascesse. Sabe o que eu fiz? Nada! Apenas vi um pouco de tv. Meu corpo estava destruído, com dores, com cansaço, com tudo. Ficar em duas poltronas desconfortáveis, dormir por 3 horas, passar o dia na agitação, foi .. prazeroso. Faria tudo outra vez se fosse necessário. Ver a felicidade da minha esposa, dos meus sogros, além de ver o rostinho da minha filha , tocar, sentir, cheirar, foi maravilhoso!
Eu hoje posso dizer que estou completo. Minha vida ganhou vida, ganhou paz, ganhou mais amor. Eu agora vivo e respiro minha filha e minha esposa. É por elas que vou manter esse blog e relatar mais experiências minhas. Quero que minha amada filha leia isso quando puder. Quero que ela saiba que cada momento é especial para mim. Quero que ela sinta todo o amor que eu puder dar.

Te amo filha. Muito prazer em te conhecer!

 



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