quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Meu coração é rosa

A primeira lembrança que tenho, ao brincar com um bebê, é de quando eu ia com minha mãe para São Francisco Xavier, fazer fonoaudiologia. No caminho, no trem lembro de brincar com uma criança que estava no colo da mãe. Minha mãe ficou admirada com a atenção que a criança de colo deu para uma criança de pouco mais de 5 anos de idade. Aquilo me marcou.
Eu, tão novo, já cativava crianças.

Pelo menos 30 anos se passaram e eu vou ser papai. Até agora (mais precisamente ontem), por volta de 10:29 eu sabia que tinha um bebê amado e desejado por minha esposa e por mim, dentro do ventre da mamãe.

Cheguei a fazer um bolão de brincadeira, no facebook, para ver quem iria acertar o sexo do bebê.
Ontem, as 10:30 fizemos a ultrasonografia no RioImagem, no Centro do Rio, em frente à Central do Brasil. Pude assistir e ainda filmar todo o procedimento.

Ouvi muitos pedidos da minha esposa para que eu não atendesse o celular, não falasse alto, me comportasse. A única exigência era eu filmar, se eu conseguisse. Quanto a doutora preparou ela eu comecei a filmar.

Vi a coluna, as coxas e ... a "pererequinha", conforme as palavras da própria médica. Minha esposa começou a chorar e eu.... calmo, apenas filmando e prestando atenção dos detalhes que eram mostrados. Fiquei emocionado ao ver a coluna, as perninhas e os bracinhos se mexendo. Parecia que minha princesa estava fazendo graça para mim. Parecia que ela tinha guardado suspense para só se revelar quando o pai dela estivesse presente. Engraçado, agora, enquanto escrevo isso, estou com os olhos cheios de lágrimas (coisa que ontem não fiquei). Não por não estar emocionado, mas acho que na verdade eu estava anestesiado. Ouvi o coração batendo, mas já tinha parado de filmar. A vida se mostrou por completo. E eu, novamente, depois de tanto pensar, planejar, sonhar com o momento que seria finalmente apresentado ao meu novo amor, fiz tudo ao contrário. Nada planejado, claro, e tudo inesperado.

A vida não tem roteiros, não tem rota, não tem vias. O caminho é construído dia após dia. Ontem, enquanto eu filmava, já imaginava o chá de bebê, o aniversário de um ano, o clipe passando no telão. E ainda lá para frente, a festa de 15 anos. Vi meu bebê sorrindo pra mim, eu protegendo igual a um super-herói, todo mundo elogiando a fofura, e também os meninos me chamando de sogrão.

O amor se mostrou em forma de menina, e eu me senti o homem mais feliz do mundo! Sempre tive a teoria de que quando um homem é muito namorador, ele acaba tendo filha, para "pagar o pato". Sempre respeitei a filha dos outros, e agora mais do que nunca vou educar a minha para ser respeitada e amada. Vai namorar claro, mas vai estudar e vai saber que a referência de educação e carinho vem de casa. Sei que vou ser o melhor pai do mundo. Vou mimar, vou educar, vou doutrinar. Minha filha vai ser delicada, mas vai ser forte! Quero que ela aprenda "o caminho da harmonia", aikidô, melhor dizendo. Não quero que seja mais uma vítima desse mundo e para isso vou mostrar que estaremos sempre ao seu lado. Sei que vou ser feito de gato e sapato, vou usar maquiagem, que ela vai fazer meu cabelo. E eu to adorando saber disso!

Ontem mesmo ao chegar em casa super cansado à noite, ao ver minha esposa no banho e dar um boa noite, minha esposa falou que ela se agitou toda.

Hoje, ao chegar do trabalho e falar com meu sogro que estava aqui em casa com minha sogra e minha esposa deitada no quarto, novamente ela se agitou. Mamãe falou que ela se agitou e ela ainda chegou a falar que eu não havia chegado. Foi quando ela ouviu eu falar com meu sogro. Ou seja, meu bebê ouviu minha voz de de longe e já se animou! É gostoso demais!

Fiz esse blog como forma de manter minha experiência viva. Para que no futuro eu leia, e ela também, para saber como foi vivido cada momento dessa gravidez, e futuramente os primeiros passos.

Amava esse ser desde o primeiro dia que eu soube que seria pai. Agora então, mais ainda. Sou pai de menina! Bem vindo ao mundo rosa, como a doutora mesmo disse.

O que antes era dúvida, fez-se certeza! Bem- vinda Maria Tereza! Papai te ama!


domingo, 21 de fevereiro de 2016

No meu tempo (e do bebê)

Sexta-feira (dia 19) ouvi da minha esposa que, uma amiga do trabalho ao ver pelo jornal da tarde o desembarque dos Rolling Stones, perguntou : quem são eles? Ela prontamente explicou quem era e a mesma amiga retrucou : não é do meu tempo. Fiquei indignado com tamanha falta de cultura. E não digo isso porque são os Rolling Stones, mas pelo simples fato de ser a maior banda de rock em atividade. 

Hoje, domingo, dia 21, vi no Fantástico uma matéria sobre o Mc Bin Laden, sobre o sucesso de uma música cujo refrão é : tá tranquilo, tá favorável.  Com o devido respeito (ou falta) que tenho por esses sucessos(?) chicletes, fiquei mais ainda indignado com tanta idiotice. Aí minha amada esposa me sugeriu que eu fizesse um funk chiclete para ganhar dinheiro e ficarmos ricos. Não perdi tempo em dizer que morro duro mas ao menos mantenho minha inteligência.

E aí, qual é meu tempo? Em que tempo meu bebê vai nascer? 

O tempo de ouvir Rolling Stones e seu "start me up", ou ainda Legião Urbana e seu Metal Contra Nuvens (os fãs irão me entender), ou ainda Milton Nascimento e sua Travessia. Já na barriga da mãe me ouve falar que darei todo amor e carinho mas também toda a cultura que puder absorver, e já vou "alimentando" com "Ouvir Estrelas" de Olavo Bilac, e ainda "O amor quando se revela" de Fernando Pessoa. Meu bebê vai nascer e aprender que "mim" não faz nada, mas "eu" faço. Vai saber que "despercebido" é aquilo que não se percebe e  'desapercebido" (como muita gente fala) é o desprovido de algo.  Vai saber que também que "somos nós" e não " é noix". Vai conhecer sim os grandes poetas e escritores, sem necessidade de ser um chato, mas apenas culto. 

Esse bebê quando estiver na idade de caminhar sozinho vai se habituar a conversar olhando no olho e não ficar vidrado no celular, não importando local ou ocasião. Vai aprender que ceder lugar em transporte público para idosos e gestantes, mesmo estando fora dos "assentos preferenciais" não é nenhum favor, é OBRIGAÇÃO.  

Vai aprender a pegar seu lixo e jogar em locais próprios e não no chão como muitos fazem, afinal, se ele jogar no chão hoje, amanhã o bueiro pode entupir e rua encher.

Vai saber que respeitar os mais velhos, mesmo tendo suas opiniões, não é vergonha alguma. O conhecimento traz questionamentos e é assim que evoluímos.  

É bem verdade que vou fazer 37 anos e só agora vou ter um bebê. Mas o que isso tem a ver (não haver, entendeu?) ? Qual é o erro de esperar  "tanto" para ser pai? Aproveitei minha vida da melhor forma possível. Estudei, fiz minhas faculdades, curti minha solteirice , casei com uma mulher incrível que só somou em minha vida e tenho muito orgulho em dizer que NO MEU TEMPO eu sou feliz.

Meu bebê vai saber que , graças a educação que o pai e a mãe tiveram, o conhecimento adquirido com estudos e ao respeito com que tratamos à todos, são admirados e respeitados por todos.

Essa criança terá o melhor de todos os mundos. A sabedoria dos bisavós e dos avós. tias e tios. A vontade de viver e paixão pela vida, do pai. O amor e a paciência da mãe. E o amor de todos. 

Para isso, não há tempo!

Boa noite e ótima semana !


 

domingo, 14 de fevereiro de 2016

E o bebê curtiu carnaval

"Carnaval, doce ilusão, dê-me um pouco de magia, de perfume e fantasia, e também de sedução.."

 E quem disse que o todo brasileiro gosta de carnaval, samba e futebol, de certo não é mesmo brasileiro, ou tampouco conhece nosso povo.  Tentando não generalizar, não conhece a mim.

Quando eu era criança, devido a minha timidez eu simplesmente tinha pavor de gente. Já adolescente, devido a companhia de amigos, perdi um pouco o medo e até brincava na minha rua, que tinha um coreto na esquina da minha casa. Depois, adulto, até cheguei a viajar um carnaval com uns amigos para Saquarema e brincar os 4 dias. Me diverti um bocado, é bem verdade.
Exatamente nesse ano, conheci a mulher que viria a ser minha esposa e dentro de alguns meses a mãe do meu bebê.
E tudo volta ao inicio, e passo novamente a ter certo medo de gente. Infelizmente nosso atual momento não é nada favorável para ficar no meio de blocos, aglomerações e ainda mais com uma grávida, que não suporta calor (e está fazendo muito aqui no Rio). Isso sem contar com a ameaça do mosquito que transmite dengue e zyka. Mas, mesmo com nossas limitações e precauções, nos divertimos no carnaval.

Sábado, dia 06 ficamos em casa. Arrumamos a casa mas depois ficamos sem fazer nada. Aproveitar um pouco do tempo juntos, conversando, rindo, sendo um casal sem falar de problemas. Fomos à noite ao centro espirita com meus sogros assistir a palestra e ao sair de lá fomos lanchar. E o bebê comeu esfiha do Habib´s . E gostou!

Domingo, 07 churrasco na casa da minha avó. Eu fui o churrasqueiro, bebi minha cerveja e minha caipirinha, além de passar um dia agradável com dona mamãe e minha família. Cheguei em casa e senti que algo de errado estava acontecendo comigo, pois não consegui comer mais nada até eu dormir.

Segunda, dia 08, fomos para a casa dos pais de uma grande amiga da minha esposa (e que provavelmente estará lendo isso quando eu publicar). Dona mamãe fez o almoço em conjunto com a dona da casa, e eu sem fome (sim, milagre) ainda fiz um esforço. Passamos a tarde na piscina, conversando, rindo e eu fazendo muito carinho na barriga da mamãe. A noite, a prima-afilhada da minha esposa veio aqui para casa para sairmos cedo na terça para a praia, com meus tios. Ainda na segunda fomos na casa da minha avó comer pizza feita pela minha tia. Não consegui comer muito, na verdade quase nada. Ao chegar em casa passei muito mal, com "piriri". Eu estava mal desde domingo , sentindo dores no corpo, moleza e achei que estava gripando (o que me deixou muito preocupado). Só fui entender o que eu tinha quando fui ao banheiro. Na verdade eu estava com infecção intestinal e precisava colocar tudo para fora (nojento, mas não poderia deixar de relatar isso).
Minha maior preocupação não era eu estar passando mal, mas eu estar doente ao lado da minha esposa grávida e vendo um monte de coisas pela tv. Eu não estava pensando em mim mas NELES! Aí eu passei a entender melhor o que é ser pai. Eu perdi a importância. ELES importam.

Terça, dia 09 fomos para a praia, cedo (as 6 da manhã saímos de casa).  Chegamos à Grumari por volta de 7:20. Uma fila imensa de carros tentando chegar à praia. Fomos até metade do caminho mas desistimos e voltamos, fomos para o Recreio, mais precisamente no Pontal. Para efeito de registro, Grumari, Prainha, são praias aonde só se tem acesso por carro ou motos. Transporte de massa não passa, portanto são praias mais restritas e mais tranquilas. No Recreio não. Chegamos as 8 da manhã e estava vazia. Tiramos fotos, aproveitamos e por volta das 9 as pessoas começaram a chegar. As 10 / 11 estava insuportável e saímos. Fomos para a casa da minha tia que mora na Taquara. Almoçamos e ainda curtimos a piscina dela. Muito mais tranquilo e bem mais divertido.
Dona mamãe bebeu muito líquido, tomou banho de mar, pegou sol sem exagero e eu conversei bastante com esse bebê. Ele já pode falar que foi para a praia bem cedinho e ainda tirou um monte de fotos legais.

E foi isso. Me diverti com dona mamãe e a futura madrinha de toalha Inês. Essa magrelinha já está babando nosso bebê ainda na barriga e ainda por cima enche ele de mimos.
Uma família feliz que vai se solidificando cada vez mais! E o amor? Crescendo....

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

14ª semana

Estava vendo agora que minha última postagem foi dia 23 de janeiro e tentei entender porque fiquei tanto tempo sem postar nada.
Na verdade uma palavra apenas resume isso : cansaço. Não do blog claro, mas de tanto trabalhar. 


E lá se vão 14 semanas...

Eu cansei de ouvir que passa rápido e estou vendo que realmente passa. Parece que foi ontem que eu soube que seria pai e hoje já estou mais uma vez babando aqui.


Agora os enjoos diminuíram, as desejos gastronômicos também, mas a velha chantagem emocional só aumenta. Mamãe pode falar o que quiser e papai tem que ouvir calado.

Sexta passada (dia 30/01) fizemos um churrasco de despedida de um vizinho que foi para Araruama pois passou em um concurso público. Mamãe comeu churrasco e tomou suco (nada de refrigerante) e ainda se divertiu com nossos vizinhos e um casal de amigos muito queridos que vieram juntamente com a filhinha linda de 2 anos. Ficava vendo ela brincar, interagir e fiquei pensando em como será essa criança. Menino ou menina eu quero que seja bem educada e cativante.
Aliás, falando nisso, acho que vou fazer um bolão para ver quem acerta o sexo do bebê. To para ver tanta torcida e até apostas. Chega a ser engraçado .


Dia 01 fomos na Expo Gestante e Bebê aqui no Riocentro,  meus sogros e me senti em um parque de diversões com tanta coisa para comprar e novidades disponíveis. É estranho ir para um lugar desses sem saber o sexo do bebê. Acabou que ganhamos algumas coisas da minha sogra, mas tudo em cores neutras (branca ou verde). Tudo lindo, claro, mas ainda fiquei com gosto de quero mais. 

Essa sensação é muito doida. Não era um lugar de diversão para mim mas sim para nosso bebê! Deu vontade de comprar tudo mesmo. Muito louco! Depois ainda fomos comer pizza, e meu cunhado foi junto, pois pegamos ele na praia da Barra. Matamos os 5 a nossa vontade! 
Em breve vou colocar as fotos aqui. Na verdade não vou colocar agora pois estão no meu celular e ainda não passei para o pc.
Sinto que a cada que passa essa criança sabe que aqui fora tem um mundaréu de gente que está ansiosa para ver seu rostinho, pegar no colo ou simplesmente saber se é menino ou menina. Amada essa criança já é e nosso amor só cresce cada dia mais.
Ah, uma coisa eu tenho certeza: vai nascer rubro-negro(a) já, igual ao pai e ao avô.
Vou parando por aqui, mas não ficarei muito tempo sem postar nada, afinal, isso é um diário.


Boa noite, Paz para todos!