Vou abrir o blog hoje com uma citação de um cara que que é considerado (se posso usar esse o termo) O gênio da humanidade. Apenas para ilustrar algo tão inerente e tão natural em nós. Sim, tenho 38 anos e não me canso de imaginar coisas improváveis, como... voar por exemplo. Nem preciso dizer qual é meu super-herói favorito né? Superman, claro! Mas não vou fazer dissertação sobre isso aqui, afinal , esse é um blog do Pai Amador e não do Superfã Amador.
Bem, tudo isso que falei foi apenas para iniciar uma história que foi marcante para mim, por vários motivos. Fui ver o filme Liga da Justiça, que estreou dia 15 de novembro (2017) nos cinemas. Minha esposa, amada mamãe, achou que seria o momento de sairmos sozinhos, indo ao cinema, depois de aproximadamente 1 ano e 4 meses sem pisar em um (e olha que íamos todo mês hein)! Assistimos dia 17. Comprei o ingresso via internet, saí do trabalho e nos encontramos no shopping, no horário marcado (18:30) para vermos. Tudo tranquilo, a não ser por um detalhe: tanto ela quanto eu ficamos o filme inteiro pensando em nossa Maria Tereza. Minha esposa deixou o celular ligado, e modo silencioso, aonde fica o espaço para o copo de refrigerante, em sua poltrona do cinema. Vez por outra ela passava mensagem para a vovó que ficou com nossa Maria. Resumidamente foi tudo tranquilo, sem sustos, sem problemas. O que acontece, e por isso escrevo, é que foi uma situação totalmente nova para a gente. Sair para aproveitar uma simples sessão de cinema sem nossa filha parece um crime, e não é! Quantos pais não passam, passaram ou passarão por isso? Nos doamos tanto para nossa filha que acabamos nos esquecendo que somos também pessoas comuns, um casal, que precisa e merece estar junto e aproveitar um pouco esses momentos. Ser Pai e Mãe acaba virando uma missão e nos sentimos na obrigação de sermos presentes sempre, como salvadores e heróis. Tal qual eles, nosso prêmio é ver o sorriso, a alegria no rosto de nossos filhos. Ainda compramos um lanche e como brinde um boneco da Liga da Justiça. Qual escolhemos? Mulher Maravilha, para nossa bebê! Chegamos em casa por volta das 22:00 e Maria estava no portão de casa, brincando com a vovó e o vovô em cima do capô de carro. Quando nos viu meio de longe, abriu um sorriso e se agitou toda, tamanha era sua felicidade!
Dia 18, sábado, uma noite chuvosa, Maria Tereza brincou com mamãe na garagem e não resisti:gravei um vídeo! Antes ela comeu pipoca e eu também gravei um vídeo. Aliás, Maria adora pipoca e milho!
Dia 19 de novembro fomos à Feira de Gestante e Bebê no Riocentro (mais uma feira para o currículo) e Maria Tereza aproveitou. Colocamos ela no carrinho pois não dava para deixar ela no chão andando devido a quantidade de pessoas mas nem por isso ela deixou de aproveitar. Ora apontava, ora falava, ora queria mexer em alguma coisa. Em um estande ela viu macacos de pelúcia unidos, como em uma corrente, apontou e falou : macaco. Demais! O que acho mais engraçado é como ela chama a atenção de todo mundo por onde passa. Sorriso no rosto, simpatia e sempre um "bum dia" ou "boa noite" nos lábios. Depois fomos para o shopping Via Parque ver a decoração de Natal. Maria tem medo de personagens grande. O tema é Discovery Kids, e portanto, tem personagens populares, como o Doki (um cachorrinho com boné e uma mancha preta no rosto). Maria não quis tirar fotos sozinha perto, ficou com medo e ainda dizia "medo". Não insisti e tiramos fotos em outros lugares, como a árvore de Natal (clássico isso né)?. Noite feliz!
Dia 20 Maria fez 1 ano e 4 meses e aproveitamos (Mamãe e Eu) para levarmos ela e nossa afilhada Maria Clara no shopping Grande Rio. O tempo estava chuvoso e achamos melhor não arriscar e ir para longe. Maria Tereza não parava de correr, de andar, de falar. Deu canseira viu? Em uma loja de calçados, cismou de subir a escada (onde os vendedores usavam para ir ao depósito) e ficava chamando Moço. Eu tentava impedir, ela disfarçava e voltava. Ainda, para nossa felicidade, a Dinda Inês nos encontrou e aí, a bagunça foi garantida!
Dia 21 foi aniversário da meu Cumpadre Diogo, e assim que saí do trabalho fui em casa pegar minhas meninas e fomos direto para a casa dele comemorar. Dia 17/11 fez 10 anos do batizado da minha outra afilhada, Maria Luiza e então a comemoração foi em dobro. Maria Tereza rodeada e paparicada por crianças, brincando horrores e divertindo muito. Minha afilhada pegou um chocalho e deu para minha filha brincar. O chocalho foi um presente meu quando ela tinha meses de vida e estava guardado. Sabe, isso realmente emociona! Meu Cumpadre diz que Deus nos deu amigos pois não podemos escolher família. Tem certa razão. Fui escolhido por eles e fico muito feliz por isso. É um prazer enorme ter eles como família! Antes disso, na casa da bisavó, Maria comeu milho cozido!
Maria Tereza se desenvolve muito rápido, e isso às vezes me assusta, como por exemplo quando ela come carne no jantar igual a gente grande. Ontem (dia 22) estava em casa, logo após jantar, e ela veio perto de mim, andando e falou "boi boi". Era a música Boi da Cara Preta (boi, boi, boi, boi da cara preta, pega essa menina que tem medo de careta) que eu cantava para ela quando era uma bebê, no meu colo! De onde ela tirou isso??? E ficou cantando comigo! Um pouco antes, enquanto ela tomava banho, cantei : chuveiro, chuveiro, não faz assim comigo. Chuveiro, chuveiro, não molha o seu amigo. Quando fui vesti-la ela cantou isso (chuveiro, chuveiro) e não parava. Olha pra mim, eu cantava, e ela repetia, bem calminha. Enquanto eu a trocava, a gente cantava e ficamos assim olhando um para o outro. Gostoso demais! Antes de ir para nosso quarto, enquanto mamãe escovava os dentes, dancei valsa na cozinha com ela. Ela me deu a mão, encostou a cabeça no meu peito e repetia os sons que eu fazia com a boca, em uma onomatopeia , como a música de uma valsa. E ficamos ali, juntinhos, agarradinhos e dançando. Mais uma coisa que me emocionou.
Assim a mente voa, a imaginação não para e me vejo dançando a valsa dos seus 15 anos. Maria flutuando no salão, eu dançando todo bobo, com lágrimas nos olhos e um salão repleto de convidados emocionados com o amor de pai e filha.
Tenho falado tanto de mim, tanto dos outros, mas não tenho dito o quanto temos sorte de ter uma mãe e esposa guerreira dentro de casa. Cuidar de uma menina que é super agarrada com a mãe não é para qualquer um. Ela só dorme bem, só relaxa de fato quando fica em seu colo. Quando joga as pernas por cima dela, quando aponta para o peito e diz "mamãe, mamá". É ela que abre mão de tudo para estar do lado desse anjinho. E ai de nós de não tivesse ela ali presente! Nosso presente, nossa força. Obrigado mamãe. Nossa Mamãe Maravilha!
Obrigado pela presença!
