quarta-feira, 26 de julho de 2017

Maria Tereza fez 1 ano

Boa noite. To aqui novamente. Quase uma semana após a última postagem. Na última vez eu falei dos medos, das histórias não contadas e na ansiedade para a festa da Maria.  Então, agora vou falar o que aconteceu (ou pelo menos tentarei ser rápido e sucinto) e o que está acontecendo agora. Hoje é dia 26 de julho, dia dos avós  e já passa das 23:00.

A festa da Maria foi dia 23, domingo. Até 00:30 de domingo eu estava finalizando o vídeo da Maria, com fotos e diversos trechos de músicas escolhidas por mamãe. No domingo pela manhã fui ao salão e percebi que havia um problema com retroprojetor. Resumindo: tive que dar um jeito de passar o vídeo pelo notebook e o áudio pelo som do animador contratado. Ok, não foi como eu queria mas pelo menos quem viu gostou.

Primeira vez que faço festa para minha filha e pude sentir na pele o quanto é tudo muito intenso. Desde a escolha do salão e buffet até a saída do último convidado. O salão ficou lotado, gente não parava de chegar, convidados que não foram convidados mas levaram presentes e simplesmente não dava para dispensar. Meu erro foi não ter feito convite individual e sim ter criado evento no facebook. A pessoa se viu no direito de chamar a parentada toda. Não é assim que a coisa funciona.  Sabe o que funciona? A alegria da minha filha vibrando com a mesa toda ornamentada (que eu não realmente não reparei por estar preocupado com outras coisas). Maria aproveitou demais a festa! Dançou, riu, tirou fotos (tinha uma fotógrafa  surpresa) e  ainda brincou nos brinquedos. Sobrou pra mim e a mamãe, claro. Até no pula-pula eu fui! Sentado, com minha bebê junto a mim e depois mamãe junto a nós dois. E voltei a ser criança. Em outro momento teve uma brincadeira entre meninos e meninas, comigo e com mamãe. Novamente entrei no clima e brinquei. No final uma brincadeira comigo e com a mamãe. Dancei Sandra Rosa Madalena , com direito a flor na boca e tudo. Nada paga o sorriso de minha esposa. E novamente, voltei a ser o esposo que já fui antes.

Como eu disse, a festa de aniversário é um rito de passagem dos pais de primeira viagem para os pais com uma criança de 1 ano. Tudo no final termina bem, mas logo depois de acabar você não vai querer nunca mais fazer festa novamente. É muito provável que minha filha quando ler isso já vai ter se lembrado de pelo menos umas 5 festas, mas por agora eu mantenho meu pensamento. Maria ganhou um monte de presentes e fez questão de abrir um por um em casa e aproveitar todos!

Maria agora fez 1 ano e vemos como a coisa mudou. A começar pelo vocabulário que inclui Dodô (vovô), Inês (a dinda), piu-piu (passarinho), mama (peito), papa (comida) e pai (com uma derivação de sons para chamar a atenção e fazer graça).  Claro, os reflexos estão rápidos demais. Quando deixamos ela no chão e piscamos..... ela some. Sai engatinhando e não para! Isso sem contar também com o biquinho que faz quando faz sons com D (que ainda não identifiquei o que é). Para dormir temos que ter paciência pois briga demais com o sono e faz um monte de gracinhas, até mamar e dormir (de bruços) e depois se virar. Já come verduras, como brócolis e espinafre e adora chupar macarrão.

E como é bom me ver como pai depois de um ano. Como é bom dormir e acordar olhando para o rostinho lindo da minha filha!

Papai ama muito!

Vou parando por aqui, pois já estou com sono. Até a próxima!






quinta-feira, 20 de julho de 2017

1 ano de Maria Tereza - os primeiros 365 dias de experiência

Oi, boa noite. São 23:23 (quando começo a escrever esse blog) do dia 20 de julho de 2017. Exatamente um ano do nascimento da minha amada filha. Escrevo esse post como um desabafo (como na verdade, apesar de falar para você filha, quase todas as postagens são). O subtítulo da postagem seria  :  um ano de descobertas e alegrias. Resolvi mudar para o que está aí em cima escrito. Por que?  Todo dia é uma experiência nova. Vou tentar agora falar em particular da minha, resumidamente.

Lembro bem do dia que você nasceu. Já sabíamos que sua mãe seria internada na véspera (dia 19) e portanto eu passaria a noite no hospital para acompanhar o parto na manhã no dia seguinte.  Eu saí do trabalho mais cedo, fui para casa, me arrumei e peguei um táxi (no caso Uber) até o hospital. Eu estava em um momento de transição no trabalho, pois estava bem insatisfeito e sentia a falsidade imperando no ar. Sempre tive orgulho de dizer que sou honesto e me dedico ao trabalho e eu estava literalmente me sacrificando. Fazendo hora-extra, trabalhando de casa e no final não tinha nenhum reconhecimento. Sua mãe cansou de me falar isso eu achava que lá no fundo, Papai do Céu daria um jeito de me recompensar. Eu só não entendia que ele estava me recompensando com uma filha que desde a barriga da mãe já me amava.  Sabe, a gente sempre demora a reconhecer os sinais e quando se dá conta, vimos como ELE é perfeito em tudo que faz.
Eu não dormi direito a noite pois não tinha uma cama reserva pra mim. Estava frio e eu fiquei entre dois sofás pequenos. Eu só queria ver seu rosto filha.  Fiquei pensando em como seria o parto, como seria seu dia, como eu me seria um pai para você e antes de qualquer coisa, só queria que você viesse com saúde.  Tudo correu muito bem, como já relatei aqui no blog.

O que não relatei é que você nasceu com um hérnia umbilical (o umbigo saltava quando você chorava) e ficamos bem preocupados, até ouvir dos médicos que poderia ser revertido até os 2 anos de idade. Isso sem contar que depois soubemos que você nasceu com hipoglicemia (pouco "açúcar") e te deram uma pouco em uma mamadeirinha para você ter forças. Sua mãe foi uma guerreira pois queria te dar peito desde o começo e faz isso até hoje (1 ano).

Após um ano de vida eu posso dizer que sou melhor pai, melhor homem e melhor marido (será que minha esposa vai concordar? ).  Perdi as contas de quantas fraldas troquei. Posso dizer que acordei de madrugada para lavar sua roupa com água morna, sabão em pó e tira-manchas depois de você fazer cocô e sujar a roupa toda. Passei sua roupa, te dei banho (e morria de medo), além de trocar sua roupa. Adorava ver seu sorriso de madrugada quando eu trocava sua fralda. O cansaço ia embora! Quando você teve cólica a primeira vez, eu consegui detectar e te acalmar com uma fraldinha quente. Depois, ao menos sinal, lá estava eu colocando uma fralda dentro do microondas com algumas gotas de água para aquecer mais.   Ta aí outro benefício da experiência: você percebe as coisas de longe, como se fosse um sexto-sentido.
Falando em ficar  longe, tá ai outro problema. Ficar longe de você um dia inteiro era uma tortura (aliás continua sendo) e agradeço muito que todos  temos celular com câmera.   Quando perdi meu emprego (aliás, eles que me perderam) foi bem chato , mas ao mesmo tempo libertador. Me senti livre e puder aproveitar 3 meses pertinho de você.  Ficar perto é o que mai gosto filha.  Nos primeiros dias eu chorava ao te ver dormindo e agradecia pelo milagre que Papai do Céu me deu.  Ah, seu umbigo? Com alguns meses voltou ao normal e não precisou de nada. Tenho uma filha saudável.  Ver seu crescimento diariamente foi prazeroso. Seus sorrisos, sua língua de fora, seus dentinhos nascendo, você chamando mamãe e até chamando a mim de mamãe, quando na verdade seria papai. Impossível ficar bravo com tanta gostosura.

Ser pai é aprender coisas novas que na verdade são velhas mas de forma melhorada. (Re)aprender cantigas de roda que foram esquecidas pois crescemos, aprender a brincar de bonecos e boneca, A fazer barulhos de bichos e de bonecas de pano.  Montar berço, consertar coisas e dar aquele "jeitinho" para fazer funcionar e ver você feliz.  Ser pai é dançar valsa, rock e funk como se fossemos perfeitos bailarinos.  Ser seu pai me fez ver como é bom uma simples ida na padaria, na esquina ou ainda na Vila Olímpica só para ver o sol bater no seu rosto e ver você chamando todo mundo e principalmente as crianças.  Eu como pai morro de medo do mundo hoje, tão violento, tão perigoso e com tantos valores morais invertidos. O bem tem que ser bem em qualquer tempo. Mas tenho fé que tudo vai melhorar e você vai ter uma vida melhor.

Fiz muitos planos para seu primeiro aniversário e me desculpe se ainda não consegui fazer tudo certo, mas te prometo que quando ler isso eu já vou ter feito pelo menos boa tarde do que planejei.

Vou terminando por aqui. Não sei se o texto teve coerência com o título do post, mas sinceramente, a vida não tem roteiro, não tem coerência, mas é (ou tem que ser) cheia de emoção.

Parabéns minha filha! Papai te AMA (e mamãe também, claro!)



sábado, 15 de julho de 2017

Quase 1 - falta pouco

Boa noite. Ou será bom dia ? Acho melhor dizer : boa madrugada.
São 00:20 do dia 16 de julho de 2017 e to aqui escrevendo no blog. Enquanto mamãe e filha dormem. Hoje, agora, neste momento, não vou falar para minha filha (como geralmente tenho feito). Hoje falo comigo mesmo, ou com quem estiver lendo isso aqui.

Não sei se já escrevi isso nesse meu, ou melhor, nosso espaço (meu e da Maria Tereza, ou meu e de quem se lê e se identifica), mas vou falar (novamente?). Estamos vivendo a expectativa do primeiro ano da Maria Tereza.  A festa será dia 23 de julho, as 15 horas, em um salão de festas. Nada grandioso, mas com certeza está sendo feito com muito amor. Graças ao avós, padrinhos e outras pessoas que de certa forma ajudaram, a festa vai sair e se Papai do Céu ajudar será linda.  O tema escolhido foi Minnie vermelha e tudo está sendo preparado com muito cuidado.
Essa semana em particular foi bem complicada pra mim, como pai, como pessoa, como homem. Me vi atormentado com uma dor de dente bendita e que, por descuido meu, só piorou. Precisei tratar de um canal em um dentre pré-molar (que eu já sabia que teria que cuidar desde março) mas que fui adiando devido a trabalho e outras prioridades que não incluíam a mim. De quarta para quinta (12 - 13) fui dormir devido a uma mistura de 3 remédios para dor. Graças a um dentista que se preocupou em fazer o canal pelo plano de saúde (mesmo sem ter recebido autorização imediata) para cuidar da minha dor, pois, segundo as palavras do próprio : com dor dos outros não se brinca.

Mas sabe porque falei de algo tão sem importância e tão particular ? Para falar da importância de se preocupar com a dor do próximo. Do sentimento do próximo, e de como todos somos ligados por algo maior chamado Amor.
Mesmo com minha dor, com minha agonia da semana, não deixei de faltar com minhas responsabilidades como profissional, como marido e como pai. Mesmo depois de um dia cansativo, chegava em casa a brincava com minha pequena filha, no tapete da sala, na cozinha, no quarto. E ainda dava um jeito de separar as fotos para fazer o filme que será passado no telão no dia de seu aniversário.

Fiquei vendo cada foto e separando por mês e nesse momento eu me emocionei. Tenho viva cada lembrança desde o dia do nascimento até hoje, mas rever as fotos foi bem tocante e saudoso. Cansei de ouvir de amigos meus como eu deveria dar valor e aproveitar cada momento da infância, dos primeiros meses, pois passa rápido. Pois é, passa mesmo. Eu vendo minha filha mole nos meus braços, com a cabeça torta, dormindo, me fez lembrar que eu cantava para ela dormir no corredor da vila que eu morava, andando para lá e para cá. Cantava coisas como Djavan, Guilherme Arantes e Jorge Vercilo. Depois ela durinha, querendo levantar o tronco, gordinha. Lembro que eu lavava fralda em plena madrugada, quando ela fazia cocô. Colocava água morna, vanish e sapão (de bebê, dela) e esfregava nas mãos para sair a mancha (e saía e eu me sentia o super-pai por isso). Lembro de ouvir papai de sua boca e me emocionar. Lembro de quantas vezes chorei nos primeiros dias pois não acreditava que finalmente eu era um pai e daria o amor de pai que não tive. Acho que só quem é pai sabe como isso é importante. Mais ainda, quem é pai sem ter ao menos conhecido o seu próprio. Olhar para um filha(o) com saúde, esperta, falante e ainda por cima carinhosa é tudo que um pai pode querer.

Hoje, faltando dias para minha pequena filha completar um ano, vejo as transformações por fotos,  pois as lembranças ficaram registradas aqui no blog mas os sentimentos nunca serão expressos em sua totalidade ou compreendidos no seu esplendor.
Nessa minha semana conturbada, vi minha filha comer brócolis pela primeira vez na sexta-feira (dia 14/07/17). Vi também nesse mesmo dia, gargalhar no meu colo porque tomei um suco de uva dela e fiz careta (ela estava fazendo careta ao beber). Vi minha filha tentar falar outras palavras como bobo, ou ainda imitar o riso da mãe. Vi meu anjinho fazer graça com meu nome, mudando até o tom de voz. Segurei as mãos dela no alto enquanto conduzia ela para tentar andar pela casa inteira. Vi ela dormir no colo vendo um cantor que gosto demais, em vídeos do youtube (Boyce Avenue).

São tantas mudanças, tantas evoluções! Eu só quero aproveitar cada minuto dessa minha pequena.Vejo meu amor crescer mais e mais. E eu que achava que não haveria como o amor poderia ser maior, hoje tenho certeza que o amor não tem limites quando se trata de filhos.

Hoje, não vou postar fotos. Hoje vou apenas agradecer pelo presente que Papai do Céu me enviou.

Boa noite. Fiquemos em Paz.