segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Renascimento e Redescoberta

Boa noite filha, boa noite a quem se interessar.
Agora são 00:08 do dia 24 de dezembro de 2019. Me dei conta que desde agosto que não posto nada aqui neste espaço. Eu já falei isso antes e vou falar novamente, mas sim, a cada dia que eu pensava em postar alguma coisa, eu fazia outra. Prestei concurso público todo tempo livre à noite eu me dedicava a estudar pelo menos uma hora. Não foi só isso, eu também acabei abrindo mão de escrever para buscar novas possibilidades de ganhar dinheiro, com vendas de proteção veicular e com isso, à noite eu montava as imagens para divulgar.  Sim, me dei conta hoje, vindo do trabalho (já falarei sobre isso), que fui tantas coisas esse ano de 2019, que acabei me distanciando do que eu realmente sou. 
Eu, pai amador, que ama tão intensamente que (pegando um pouco da ideia de Fernando Pessoa), chega a fingir que não é amor, o amor que deveras sente. Com todas as minhas imperfeições, tentei ser o melhor para você filha, indo para a rua, panfletando, ficando em pé por horas, tentando me reinventar em área profissional diferente da minha formação,  achando que eu não era capaz de fazer aquilo que fiz boa parte da minha vida (que é atuar na área de suporte em T.I) e ainda por cima tendo obrigação de provar para o mundo que eu sou sim CAPAZ.

Nesse tempo eu vi você crescer, se tornar cada dia mais independente a ponto de finalmente não fazer mais xixi e cocô na cama, ao menos durante o dia.  Não foi fácil, não foi simples,  mas conseguimos. Agora só falta tirar a fralda da noite, e creio que vamos conseguir em breve.

Filha, em uma dessas minhas loucuras para vender, conheci um pessoa que pegou meu currículo e levou para sua madrasta, que distribuiu e deixou na empresa dela. Dia 05 de novembro de 2019, 14 meses após ser mandado embora do meu último emprego, me deram a oportunidade de fazer parte de um grande time de profissionais. Ainda sem vínculo (são 2 dias na semana), mas a chance de eu mostrar que sou CAPAZ SIM!  Dia 07 de novembro, depois que você e sua mãe foram me encontrar no Barra Shopping e passear junto com seu Dindo e Gabriel, em casa, quando você foi escovar os dentes , o banquinho escorregou e você bateu com a cabeça na pia do banheiro. Imediatamente corremos com seu avô para o hospital. Resultado: 6 pontos. Eu não gosto de lembrar , pois a sua dor foi nossa, e eu sinto sempre que fecho os olhos. Ver você chorando, e levando ponto foi como ser machucado por dentro. Nesse dia meu amor, eu acordei para trabalhar às 7 horas da manhã de quinta e fui dormir às 6:30 de sexta, pois ficamos no hospital de 00:00 até 05:30. Não sei como consegui ficar tanto tempo acordado e ainda com forças. Sua mãe foi incansável também e ai de nós se não fosse ela. Graças a Deus e aos bons espíritos você se curou rápido.

Falando em bons espíritos, foram graças a eles, a força e a fé de sua mãe e de amigos que realmente se preocupam, que hoje eu consigo enxergar o quanto cada minuto de dor foi necessário. DEUS coloca provas diárias para ver até onde vai nossa fé. ELE nos faz dobrar o joelho para que possamos entender que tudo é no tempo e na vontade DELE.  Hoje eu consigo enxergar isso, mas não era fácil. E ai de mim filha, se não fosse teu sorriso para me dar forças. Ai de mim se não fosse tua mãe para me jogar pra cima quando nem eu mais acreditava em mim.

Dia 05 de dezembro eu e sua mãe completamos 10 anos de casamento, no religioso e você foi quem mais aproveitou o bolo. Te amamos filha!

Dia 13 de dezembro viajamos para Cabo Frio, eu você, sua avó e depois seu avô. Ficar com você agarrada em mim  na água com medo, mas se divertindo, foi a coisa mais gostosa que vi nesses meses. Você andou de barquinho, levou água no rosto e adorou! Eu vou sempre te proteger e prometo, vou fazer você ter orgulho de mim.

Hoje estou voltando a ser quem eu era: pai, marido, profissional de TI e escritor.


Obrigado por tudo!

Te amo!






















terça-feira, 13 de agosto de 2019

3 anos - Maria crescendo e eu...aprendendo

Oi filha, boa noite, ou bom dia. Sinceramente espero que seja bom dia, e que você não esteja lendo isso tarde da noite. Nem que tenha continuado com seu hábito de dormir depois das 23:00 (vulgo, onze da noite). Me dá licença tá? Vou falar de você agora como um desabafo, mas um desabafo bom, de pai.

Dia 20 de julho de 2019 essa linda menina completou 3 anos de idade e, graças a mãe, avós Márcia e Francisco,  dindos Vera & Julio, Inês e Chiquinho,vó Terezinha,  além claro, das bisas Tereza e Áurea,  Maria teve seu bolinho (e sua festinha) realizada em casa. Eu, ainda desempregado, tive participação financeira pequena. Ajudei fazendo o chalkboard, o convite virtual, e com algumas lembrancinhas.  A questão toda aqui é que quero enaltecer o esforço incrível de uma mãe em realizar as vontades da filha. Faltando 15 das para o aniversário é que de fato a coisa foi acontecendo. Saímos para comprar material para fazer a estampa da bolsinha de lembrança, os enfeites. Os avós compraram refrigerantes, copos, material descartável. Dinda Vera fez docinhos,  dindo Chiquinho e dinda Inês ajudaram a montar as meses, arrumar o espaço. Resumindo (ou tentando) tudo ficou perfeito graças ao amor que sentimos por essa menina. O tema que ela queria (Ladybug) foi completamente ornamentado e atendido nos mínimos detalhes. Na véspera eu lavei terraço, limpei tudo. No dia limpei casa, montei mesas, peguei bolo, salgadinho. Até camisa teve! Maria usou da Ladybug e eu do Catnoir. Ficou lindo! Aproveitamos bastante e Maria Tereza ficou super feliz com sua festinha. A mim, coube limpar tudo após a saída dos convidados, ao ponto de meia-noite eu  estar passando pano na casa para tirar a sujeira que ficou. Maria então, só depois de a casa estar devidamente limpa, dormiu exausta, mas feliz.




Logo no início da semana, percebemos que Maria Tereza começou a beber suco (de maçã, que ela tanto gosta), durante o almoço. Ela tinha o hábito de só beber depois, pois ou ela comia, ou bebia (e não voltava a comer pois ficava saciada).  Uma criança que agora alcança a bancada da cozinha, que dança (mais) ao ouvir música de abertura da novela das 21h, que quer saber tudo , com uma simples frase  - "O que houve aí?".  O que mais me cativa é a capacidade que essa criança (e creio que isso seja um dom da maioria delas) é te levar a fazer exatamente o que ela quer. E temos a mania (pelo menos eu tenho, mas estou tentando mudar) de dizer não, e não dar argumentos para eles entenderem o motivo. Uma coisa hoje eu digo: um simples NÃO só dificulta as coisas. Crianças são seres puros e ávidos por informação, e o NÃO realmente só atrapalha.


Dia 27 de julho foi aniversário do priminho Rafael, e nesse dia tivemos a noção exata de como nossa filha está crescendo. Fomos para a festinha, em um salão de festas em Nova Iguaçu e nossa pequena foi sem fralda (levamos na bolsa) . Maria correu, pulou no pula-pula, foi na piscina de bolinhas e... pediu para ir ao banheiro quando teve vontade. Depois fomos ao circo, na Barra da Tijuca, junto com os avós, e o dindo Chiquinho e Gabriel.  Conseguimos chegar a tempo de ver o que nosso anjo queria: os personagens da Disney.  Tudo lindo , perfeito, e Maria ainda subiu no palco (junto de um monte de crianças) para ver de perto os personagens da Baby Shark.





Dia 11 de agosto (segundo domingo de agosto) foi dia dos pais. Pela manhã tomamos café na Duquesa Confeitaria, junto com avós Marcia e Francisco, além do dindo Chiquinho. Não vou citar claro mamãe, pois não ficamos sem ela. Depois fomos para Niterói assistir a um evento circense do SESC e depois fomos lanchar no shopping Ilha Plaza em Niterói. Dia maravilhoso! Meu presente veio na véspera (a mamãe comprou, mas eu tive que ir buscar) e Maria Tereza comeu junto comigo, no sábado mesmo, Maria adorou e eu também.









Agora, sobre o dia dos pais, sinceramente é uma data que mesmo com todo o amor que recebo da minha filha, de todo o carinho, força e motivação que minha esposa me dá, me deixa meio triste. Para ser sincero eu relutei em escrever isso aqui no blog, nesse espaço de memórias afetivas para minha pequena, mas todo o amor que hoje eu dou, também se dá a ausência que sinto do cara que me gerou. Sim, eu não faço a mínima ideia de quem é meu pai e por mais que eu tenha tentado, minha mãe nunca me disse quem é.  Hoje, quando olho para minha filha eu apenas penso no tanto de amor, carinho e amizade que eu poderia ter ao lado desse cara. E por isso, cada vez que eu penso que estou sendo chato com ela,  me coloco em seu  lugar e penso como eu gostaria de ser tratado por um pai se eu tivesse sua idade. Especialmente esse ano, que estou (ainda) desempregado , é bem complicado para mim.  Mas vamos em frente. Sei que é uma fase, e a única certeza que tenho é que o AMOR que sinto pela minha filha é o que me move a ser melhor. Não sou eu que ensino, é ela que me ensina a amar cada vez mais e a evoluir.


Beijos filha. Espero que tenha gostado.
TE AMUUUUU!!!!!



sexta-feira, 5 de julho de 2019

2 anos e 11 meses - paz & calmaria? Não com Maria!

Boa noite filha, boa noite visitante, boa noite pai, mãe, boa noite a quem interessar. Seja bem-vindo(a).
Sabe o que hoje eu sinto quando olho para minha filha? Gratidão.  Pelo fato de ela respirar, de andar, de falar, de ser inteligente como só ela é, e(me desculpem as demais crianças, mas, para mim, Maria Tereza é única, É bem verdade que todo pai e mãe enxergam os filhos como os mais inteligentes, mais bonitos, mais perfeitos , mais... tudo. Não vejo nada de errado nisso, afinal, o amor está ali em nossa frente.  Quer ter paz, quer sossego, quer calmaria? Nem pense em ser pai ou mãe. Para a mãe é ainda mais cansativo (e prazeroso, claro).  Quando soube da existência de Maria Tereza no ventre de minha esposa , eu disse (e se não estou errado, escrevi isso no blog) que minhas noites nunca mais seriam as mesmas, eu dormiria e acordaria pensando em dar amor e cuidar dessa criança. Hoje, quase 3 anos depois (dia 20 próximo ela fará 3 anos), eu confirmo o que disse. A cama eu perdi, agora é sua. É você no meio de papai e mamãe (e seu berço ao lado, limpo e vazio). Tudo isso para sentir seu braço perto.

Nada paga um abraço apertado, uma bobeirinha, e até aquela resposta na ponta da língua que você pensa: como ela falou isso??? 

Dia 20 de junho Maria completou 2 anos e 11 meses. Aniversário da mamãe Maithê, feriado (na verdade feriadão pois caiu em uma quinta feira, feriado de Corpus Christi e sexta foi "enforcado). O aniversário da mamãe não saiu como planejado, pois como estou desempregado, não deu para fazer muita coisa. Acordei cedo, fui comprar um bolo simples e quando voltei para casa cantei parabéns para mamãe na cama. Adivinha quem mais gostou? Maria Tereza claro, a ponto de tirar pedaços do bolo e comer toda feliz. A noite teve um bolinho melhor, presente do vovô Francisco. E mais vez Maria fez festa.



Queria relatar aqui umas coisas que acho pontualmente engraçadas. Meu anjo barroco está com mania de falar alguns palavrões. Nada muito grave, mas ficamos de olho. Vimos ela um dia desses chateada em não conseguir pegar uma boneca e aí soltar a seguinte pérola: ah, que bosta!. Olhei para ela e não sabia se ria ou se recriminava. Eu ainda perguntei para a mãe quem ensinou ela a falar isso. Para minha surpresa (ou não) era a própria mamãe. Só que eu mesmo nunca tinha me atentado para tal fato. Tenho visto que ela diminuiu o "que bosta", justamente por não darmos a devida importância.  Aliás, criança tem disso. Quando você diz que não, aí que ela quer fazer para desafiar limites. 

Dia 22 de junho fomos a um parque de diversões, em Nova Iguaçu, com um casal de amigos e a filha deles, amiga inseparável, Maria Flor. Isso aliás é outro aspecto que devemos sempre cultivar: a amizade entre crianças. Em um fim de tarde fomos ao parque e mais do que diversão para Maria Tereza & Maria Flor, foi diversão para mim. Estamos indo tanto (eu agora menos) em shoppings, que um parque de diversões, na rua, com brinquedos clássicos, é um passeio no túnel do tempo. Roda-Gigante, carrossel, minhocão, labamba(mini), pescaria, xícara maluca e um outro, que sinceramente não me recordo o nome, mas que Maria adorou, me fizeram ser criança novamente.  Lembranças que estavam guardadas e adormecidas pelo tempo e responsabilidades de adulto, foram novamente trazidas à tona e fizeram meus olhos brilhar. Mamãe estava com 2 crianças e nem se deu conta. Claro, quando ela ia brincar com sua amiga, eu ficava de olho com medo de algum incidente. Tudo normal, tudo lindo. Depois ainda fomos ao shopping lanchar.













Dia 29/06 fomos ao aniversário de 2 anos do Theo, filho de dois grande amigos. Foi em um salão de festas e só para variar Maria Tereza não parou de brincar um minuto. Para comer foi complicado mas ela estava mais feliz que pinto no lixo. Deixamos ela ser criança e brincar. A noite fomos com ela em uma festa junina de outro casal de amigos (Débora e Felipe) e ela estava toda animada, dançando, brincando e até comendo!














Quarta-feira dia 02/07/19, Maria Tereza finalmente comeu pera em pedaços (e com casca), além de maçã (em pedaços mas sem casca). Parece bobeira, mas para uma criança que não é chegada a comer frutas e só comia banana e maçã raspada, isso foi uma baita vitória.

Maria hoje apresenta alguns gostos que realmente me deixam, para falar o mínimo, comovido. Gosta de ver Turma da Mônica, come chocolate , e para dormir a tarde eu preciso pegar no colo e cantar para ela Bate Coração ("oi tum tum bate coração, oi tum coração pode bater, oi tum tum, bate coração que eu morro de amor com muito prazer). Acho que é isso mesmo. Coração que bate forte, que bate fora do peito, que não se contenta em amar pouco e mesmo assim ainda acha que pode amar mais. Só quem é pai (e mãe) sabe o que é.


Hoje, dia 05/07, mamãe foi para a festa do trabalho dela, na escola e passamos mais tempo juntos, até porque teve faxina na casa da vovó. Dia frio e muita bagunça juntos. Amo!






Filha, agora isso é para você. Sei que deve estranhar quando não deito com você e sua mãe. Geralmente fico um pouco na sala , com o notebook ligado. Você sabe que neste momento que estou em casa é porque estou desempregado e papai está vendendo proteção veicular. A hora que consigo pensar em alguma estratégia para atrair clientes é justamente tarde. Peço perdão por isso. Tudo que faço é pensando em você, em conseguir dinherinho (como você fala) para comprar suas coisas. Sei que temos ajuda do vovô, da vovó, da bisa e da mamãe que está abrindo mão de ficar em casa a tarde com você para trabalhar e ter dinheirinho. Te amo filha!

Obrigado pela visita, pelo carinho e por dividir comigo essas lembranças.

Beijos do Pai Amador - Washington Luiz










segunda-feira, 20 de maio de 2019

2 anos e 10 meses - Recomeçar

Olá, boa noite. Sim, sou eu, depois de 6 meses de ausência estou novamente aqui. E eu queria ter razões sucintas, diretas e no mínimo interessantes para explicar o motivo do meu sumiço . A verdade? Não tenho. Ou tenho várias e vou tentar agora falar um pouco disso tudo para, depois, de fato falar da minha pequena, da minha pimentinha-anjinho .

Hoje é 20 de maio de 2019, e minha filha faz 2 anos e 10 meses. Desde o dia 06 de setembro de 2018 estou desempregado e isso tem mexido muito comigo. Um dia, um mês, 2 meses, você acha que é só uma fase. Sou um ótimo profissional, tenho pós-graduação, tenho um vasto vocabulário, tenho educação, tenho, tenho, tenho.....medo, frustrações, angústias, alegrias, sorrisos, desejos, medo, medo, medo.  Sim,  sou uma pessoa tão normal quanto você que me lê agora. Você que tem fé, mas também que tem medo. O mundo não é cor de rosa e bem sei que muito do que sentimos é na realidade a maneira de como enxergamos as coisas. Fiquei muito relutante em escrever sobre mim aqui, nesse espaço da Maria, pois eu queria mostrar apenas coisas boas. Desde sábado (dia 18/05) me dei conta que não devo ter.  Um grande amigo e irmão que considero (Julio Fernandes, do Vozes do Pensar) me mandou um áudio perguntando o que me leva a escrever até hoje, visto que desde 1995, eu já escrevia. Minha resposta? Porque amo escrever. Mas o amor que sinto em escrever é sentimento que está em mim. Antes de qualquer coisa, escrever é um ato de sentir. E, conforme eu disse a ele, com relação a ortografia, gramática, vamos corrigindo, mas se não houver sentimento nas palavras, todo seu texto, ou poesia, ficam vazias. E é quando escrevo que me revelo, sem máscaras, sem medo, sem censura.
E então, sendo assim, porque eu fiquei tanto tempo escondido? Respondendo novamente: medo. Mas agora entendo que não posso ter medo de me mostrar, pois, se eu assim o fizer, tudo ficará vazio. Esse blog é um relato para minha filha, para que ela cresça sabendo quem foi quando criança, que tenha memórias e sinta amor ao ler cada postagem, cada linha, cada pedaço de sua história.  Eu não sou um Superman (bem que eu gostaria), mas , como disse Osvaldo Montenegro : metade de mim amor, e a outra metade também.

Ficar desempregado esse tempo todo me deu mais tempo com minha filha e estou podendo acompanhar o crescimento e desenvolvimento dela diariamente. Hoje, eu vendo seguros de veículos para ter alguma renda, mas é bem complicado convencer alguém de que seguro é necessidade e não luxo.

Hoje, Maria passa a maior parte do dia sem fralda (só usa para dormir). Quando saímos ela também coloca pois no caminho de carro ou de Uber, pode haver vontade de fazer xixi e não há como parar em tempo hábil.  Minha filha tem dificuldade para comer pela manhã. Quando está afim come mingau. Quando não, tenho que me virar para dar alguns pedaços de pão suíço., e mesmo assim é complicado. Mamãe reclama, vovó também, mas eu sempre digo que ela puxou a mãe. Quantas vezes, ela ia trabalhar e mal comia alguma coisa pois dizia que não sentia fome.

Mamãe geralmente dá banho antes de ir trabalhar, e eu, depois de levar a mamãe no ponto, volto e dou almoço (que a vovó já deixa pronto e sempre fresquinho). Maria adora feijão e arroz (mas ela sempre fala que quer comer arroz), além de macarrão, inhame e frango. Comer carne ainda é um exercício de paciência. Recentemente (em abril) ela conheceu e comeu nuggets. Pronto, foi amor a primeira mordida!  Temos o cuidado de não dar refrigerante (ela nem conhece o gosto) mas adora um suco de maçã de caixinha. Damos porque, segundo a caixa, é natural.  Depois, a tarde, por volta das 14 , 15 horas eu faço ela dormir, no colo, dançando valsa. Aliás, eu acho que já falei isso aqui , recomendo muito Vozes da Primavera,  Valsa das Flores e a primeira valsa que Maria ouviu - Valsa Danúbio Azul.  Mesmo estando desde setembro em casa, tento dançar com ela para fazê-la dormir no meu colo para depois colocar na cama da vovó. Claro, com a idade chegando (fiz 40 dia 17 de abril 2019), a coluna reclama, os ombros cansam, as pernas pesam, mass nada é tão bom quanto fazer sua filha dormir no seu colo e ainda por cima dançando valsa. Já decorei tão bem que sou capaz de dançar fazendo o som com a boca, bem baixinho.

Meu anjo gosta de ver desenho no celular e geralmente até deixamos ela ver pelo Youtube Kids. Sim, sei que isso não é legal, que ela deve brincar, etc, etc. A questão é, como eu já falei antes, sou (somos) tão imperfeitos quanto qualquer outro e o aplicativo acaba virando uma babá eletrônica. O problema é que , isso acaba se tornando uma droga tão poderosa quanto as drogas químicas. Tirar o celular, ou tablet, da mão de uma criança quando ela está vendo desenho é a mesma coisa que comprar briga com algum ditador. Ela briga, reclama, quer falar alto, esperneia, dentre outras atitudes bem tipicas de crianças. Brigamos, reclamamos, podamos a reação e juramos que não vamos dar mais o celular para ela. E... acabamos dando em outras situações. O problema é que acabamos usando isso como muleta para termos um pouco de sossego. Mas temos uma filha né? Não podemos querer filhos e sossego.  Ainda assim tentamos, talvez de forma errada, mas tentamos. E olha, quando ela começa birra é uma coisa complicada. Falar alto, gritar, tentar impor sua vontade, são atitudes que não coincidem com o que ensinamos para ela, e não raras a vezes fazemos a típica pergunta: onde estamos errando ?  Por experiencia de pai: quando tem amor no meio não existem erros.

Outra questão é com relação ao desfralde. Vimos um monte de videos, lemos, pesquisamos, mas a questão é: não existe fórmula mágica. Cada criança de se comporta de maneira diferente das demais e não dá para achar que o que funciona com uma funciona com todas. Maria, apesar de falar tudo, bem e constantemente, às vezes faz xixi na calcinha. Cocô também é uma luta, exercício de paciência.  Não raro ela sai das nossas vistas, fica em um cantinho e faz na roupa mesmo. Fazemos de tudo, desde conversar até brigar, mas, quem decide se vai fazer ou não é ela. Que menina geniosa viu! Ela fala de tudo. Geniosa e vaidosa, do tipo que dora um espelho, adora cantar, dançar, se exibir. Por ela só usaria vestido!  Quando pega batom quer passar. Quando pega tinta ... também. Eu já pensei em fazer um canal para ela. Quem sabe eu ainda faça.

Agora  ela já alcança a pia do banheiro (deve ter um pouco mais de um metro) e isso me assusta um pouco pois ela adora brincar com água, mas pode acabar se machucando sem vermos.
Para Maria, andar é pouco, ela quer correr (muito) e por isso mesmo já ralou 4 vezes o joelho na Vila Olímpica aqui perto de casa. Quando ela quer ser carinhosa fala papaizinho. Quando quer dar ordem chama de "uoston!". Sim, desse jeito! Não sem a quem puxou o gênio (ou sei...). Com Maria Tereza não vai ter meias-palavras. Ela fala e ponto!

Mais um ano que pulamos carnaval no Castelo de Itaipava (dia 03-03-19) e Maria aproveitou mais ainda.

Dia 24 de abril passamos a tarde na casa do Dindo Chiquinho e Maria Tereza deu suas primeiras braçadas na piscina (ou será boiada?). Minha sereia adorou! E claro, todos babamos

 Vou terminando esse post de recomeço (consegui não falar de política e religião, mas foi complicado) e espero estar mais presente aqui, pois para ela, estou sempre.

Beijos no coração de todos e obrigado!

Te amo filha!