quinta-feira, 20 de julho de 2017

1 ano de Maria Tereza - os primeiros 365 dias de experiência

Oi, boa noite. São 23:23 (quando começo a escrever esse blog) do dia 20 de julho de 2017. Exatamente um ano do nascimento da minha amada filha. Escrevo esse post como um desabafo (como na verdade, apesar de falar para você filha, quase todas as postagens são). O subtítulo da postagem seria  :  um ano de descobertas e alegrias. Resolvi mudar para o que está aí em cima escrito. Por que?  Todo dia é uma experiência nova. Vou tentar agora falar em particular da minha, resumidamente.

Lembro bem do dia que você nasceu. Já sabíamos que sua mãe seria internada na véspera (dia 19) e portanto eu passaria a noite no hospital para acompanhar o parto na manhã no dia seguinte.  Eu saí do trabalho mais cedo, fui para casa, me arrumei e peguei um táxi (no caso Uber) até o hospital. Eu estava em um momento de transição no trabalho, pois estava bem insatisfeito e sentia a falsidade imperando no ar. Sempre tive orgulho de dizer que sou honesto e me dedico ao trabalho e eu estava literalmente me sacrificando. Fazendo hora-extra, trabalhando de casa e no final não tinha nenhum reconhecimento. Sua mãe cansou de me falar isso eu achava que lá no fundo, Papai do Céu daria um jeito de me recompensar. Eu só não entendia que ele estava me recompensando com uma filha que desde a barriga da mãe já me amava.  Sabe, a gente sempre demora a reconhecer os sinais e quando se dá conta, vimos como ELE é perfeito em tudo que faz.
Eu não dormi direito a noite pois não tinha uma cama reserva pra mim. Estava frio e eu fiquei entre dois sofás pequenos. Eu só queria ver seu rosto filha.  Fiquei pensando em como seria o parto, como seria seu dia, como eu me seria um pai para você e antes de qualquer coisa, só queria que você viesse com saúde.  Tudo correu muito bem, como já relatei aqui no blog.

O que não relatei é que você nasceu com um hérnia umbilical (o umbigo saltava quando você chorava) e ficamos bem preocupados, até ouvir dos médicos que poderia ser revertido até os 2 anos de idade. Isso sem contar que depois soubemos que você nasceu com hipoglicemia (pouco "açúcar") e te deram uma pouco em uma mamadeirinha para você ter forças. Sua mãe foi uma guerreira pois queria te dar peito desde o começo e faz isso até hoje (1 ano).

Após um ano de vida eu posso dizer que sou melhor pai, melhor homem e melhor marido (será que minha esposa vai concordar? ).  Perdi as contas de quantas fraldas troquei. Posso dizer que acordei de madrugada para lavar sua roupa com água morna, sabão em pó e tira-manchas depois de você fazer cocô e sujar a roupa toda. Passei sua roupa, te dei banho (e morria de medo), além de trocar sua roupa. Adorava ver seu sorriso de madrugada quando eu trocava sua fralda. O cansaço ia embora! Quando você teve cólica a primeira vez, eu consegui detectar e te acalmar com uma fraldinha quente. Depois, ao menos sinal, lá estava eu colocando uma fralda dentro do microondas com algumas gotas de água para aquecer mais.   Ta aí outro benefício da experiência: você percebe as coisas de longe, como se fosse um sexto-sentido.
Falando em ficar  longe, tá ai outro problema. Ficar longe de você um dia inteiro era uma tortura (aliás continua sendo) e agradeço muito que todos  temos celular com câmera.   Quando perdi meu emprego (aliás, eles que me perderam) foi bem chato , mas ao mesmo tempo libertador. Me senti livre e puder aproveitar 3 meses pertinho de você.  Ficar perto é o que mai gosto filha.  Nos primeiros dias eu chorava ao te ver dormindo e agradecia pelo milagre que Papai do Céu me deu.  Ah, seu umbigo? Com alguns meses voltou ao normal e não precisou de nada. Tenho uma filha saudável.  Ver seu crescimento diariamente foi prazeroso. Seus sorrisos, sua língua de fora, seus dentinhos nascendo, você chamando mamãe e até chamando a mim de mamãe, quando na verdade seria papai. Impossível ficar bravo com tanta gostosura.

Ser pai é aprender coisas novas que na verdade são velhas mas de forma melhorada. (Re)aprender cantigas de roda que foram esquecidas pois crescemos, aprender a brincar de bonecos e boneca, A fazer barulhos de bichos e de bonecas de pano.  Montar berço, consertar coisas e dar aquele "jeitinho" para fazer funcionar e ver você feliz.  Ser pai é dançar valsa, rock e funk como se fossemos perfeitos bailarinos.  Ser seu pai me fez ver como é bom uma simples ida na padaria, na esquina ou ainda na Vila Olímpica só para ver o sol bater no seu rosto e ver você chamando todo mundo e principalmente as crianças.  Eu como pai morro de medo do mundo hoje, tão violento, tão perigoso e com tantos valores morais invertidos. O bem tem que ser bem em qualquer tempo. Mas tenho fé que tudo vai melhorar e você vai ter uma vida melhor.

Fiz muitos planos para seu primeiro aniversário e me desculpe se ainda não consegui fazer tudo certo, mas te prometo que quando ler isso eu já vou ter feito pelo menos boa tarde do que planejei.

Vou terminando por aqui. Não sei se o texto teve coerência com o título do post, mas sinceramente, a vida não tem roteiro, não tem coerência, mas é (ou tem que ser) cheia de emoção.

Parabéns minha filha! Papai te AMA (e mamãe também, claro!)



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui seu comentário. O pai amador agradece!