terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Ausência que doeu a alma


Dessa vez estou aqui, sem muita demora, sem muito atraso. Com uma semana após a última postagem. Até porque sei que a memória é falha e não dá para lembrar de todos os detalhes, ao menos que eu o faça com o curto intervalo de tempo.

Se lembro bem, eu tinha coisas interessantes para relatar. Acho que a mais significativa é que estamos de mudança. Iremos morar em cima da casa da minha sogra, construindo no espaço que hoje é seu terraço. Faremos em drywall que é mais rápido, prático e limpo. Creio que provavelmente eu já tenha falado disso aqui, mas como já disse Renato Russo "sei que as vezes uso palavras repetidas, mas quais são as palavras que nunca são ditas?". Domingo, dia 11, em conjunto com o pedreiro que fez a casa da minha sogra ser o que é hoje, o cara que fez a parte de gesso e que, não menos habilidoso, deu o charme todo especial que casa tem. Confesso que agora fiquei empolgado. Sei que nosso cantinho vai ficar legal.
Agora vem as questões. Vale a pena largar todo o sossego para deixar de pagar aluguel? A resposta?  SIM. Não é só o aluguel. É bem provável que minha filha ao ler isso no futuro já nem tenha a imagem, ou noção, que nasceu em uma casa de quarto, sala, cozinha e banheiro, com área nos fundos e na frente. Em uma vila de casas, onde a vizinha ao lado é surda, tem dois cachorros que não dão sossego, mas é super gente boa. A outra vizinha tem uma filha, mas é solteira e nova. Então, não é das piores mas já me aborreci com reuniões dela até tarde onde dava para eu ouvir da minha casa o barulho de madrugada. O outro é outro solteirão, garotão, doido, que quando se anima com bebida e mulher também é ruim de aturar. Mas quer saber? Não estou aqui para reclamar e sim para agradecer. No fundo tudo foi aprendizado. O tempo agora é da Maria Tereza, de viver perto dos avós (que quase todo dia vem vê-la), dos bisavós que também moram perto e meu para ter menos uma preocupação e mais uma determinação. O limite do amor é se doar e se entregar. Agora não há espaço para egos, e, nada mais importa. Sei que não vai ser fácil, mas sei que vou fazer o impossível para que seja bom.

Segunda, dia 12 de dezembro, caiu uma chuva torrencial aqui no Rio e simplesmente tudo parou. Dona mamãe foi ao shopping novo em Nova Iguaçu, com Maria, a avó, as tias, a prima (que agora está grávida) e a bisavó que fez 78 anos. Todos reunidos, todos felizes e .... todos foram para a casa da minha sogra após a chuva que caiu a tarde. O problema é que caiu outra chuva a noite e foi ainda pior. Eu cheguei as 17 em casa. Resumindo a história: dona mamãe e Maria ficaram presas na casa da avó pois tudo estava alagado. Eu realmente não fiquei chateado pois estava realmente bem complicado. Dormir sozinho foi dose. Eu já estava meio gripado e acabei tomando remédio e isso até fez com que baixasse a pressão. No fundo foi o que me ajudou a dormir. Ficar sozinho, um dia inteiro sem ver minha filha (apesar do recurso da chamada por vídeo do whatsapp) foi dose para leão. Eu estou acostumado a brincar, a cheirar, a fazer festa para ela e essa ausência me machucou muito.

Você sente que ama alguém quando a ausência de apenas um dia parece a ausência de meses ou anos. Dói na alma! Aí você sabe que o amor é tão parte de você quanto o ar que respira. Não dá para se imaginar vivendo sem.
Hoje, dia 13, quando cheguei em casa e vi minha esposa e filha, fiquei em paz. Vi que meu amor estava novamente perto de mim. Cheguei perto e ela deu um sorriso. Tomei banho, fiquei bem limpo e aí fui brincar com ela. Depois de tanta bagunça ela acabou dormindo no meu colo, sentada no sofá e eu acabei tirando um cochilo junto com ela.  Não tem sensação mais gostosa do que ter em seus braços a criatura mais importante da sua vida! O amor retornou e eu voltei a sorrir.

Boa noite . Obrigado pela visita. Fiquem com Papai do Céu!
Te amo filha!




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