Dia 12 de setembro voltei ao trabalho. Confesso que foi duro, para não dizer insuportável. Acordei cedo, me arrumei e quando ia sair vi minha filha na cama com minha esposa com os braços abertos, me procurando na cama. Era como dissesse : ei, cadê meu papai que tava aqui? Cheguei perto, ela me olhou, abriu um sorriso de ponta a ponta e ficou emitindo sons como se quisesse conversar. Meus olhos se encheram de lágrimas. Beijei, apertei, ri e depois saí quase chorando mas com a sensação que eu estava fazendo a coisa certa. No caminho, dentro do metrô eu vi umas fotos dela e novamente quase chorei. Tive que me controlar. Na empresa, na parte da tarde tive uma surpresa. Para não demitirem a mim e a outra menina que ficou no meu lugar nas férias, eles iriam reduzir minha carga horária, e consequentemente meu salário. Não dava para não aceitar, até porque tenho filha e obrigações para cumprir. Na hora só pensei que iria ficar mais tempo com ela. Mais tempo para chegar em casa e ficar olhando para minha filha, pois ela é a razão da minha alegria e a força que eu precisava para ser melhor. Minha maior alegria é chegar do trabalho e ficar com ela no meu colo.
Dia 20 de setembro meu bebê completou 2 meses e muita coisa já se passou nesse tempo. Fizemos a festinha dela, com a família reunida para comemorar essa benção que é essa menina . Quando ouvia os mais velhos falarem que era para curtir essa fase que passa rápido eu não tinha noção do que realmente se tratava. Hoje, sendo pai, vejo que de fato os dias passam rápidos e as mudanças são contínuas e rápidas. Um processo de evolução que nunca para. Papo cabeça né? Não é minha intenção. Hoje consigo entender um pouco melhor meu sogro, ou meus amigos pais mais velhos quando dizem que para eles os filhos nunca crescem. Vejo minha filha querendo falar, prestando atenção em tudo, sorrindo, cheia de vontades e fico pensando que realmente quando ela estiver mais velha eu vou me lembrar dessa época. A imagem da bebê Maria Tereza vai estar sempre em minha cabeça. Sei que vou amar ela de qualquer jeito, ainda mais quando eu ouvir de sua boca a palavra papai, mas sei também que nada vai me fazer esquecer a emoção de vê-la pela primeira vez , no dia do seu nascimento.
Dia 22, quinta, ela tomou 4 vacinas (2 em uma perna, 1 em outra e outra em gotinhas). Minha esposa disse que chorou junto com minha sogra no posto de saúde em que levou minha filha. Em casa ela abriu o berreiro e só se acalmou depois que tomou dipirona infantil (sim, pais, procurem pois ela é líquida e tem sabor morango). Eu estava trabalhando e precisei ir na loja do meu tio (e padrinho da Maria Tereza) configurar um compartilhamento de arquivos via rede. Só sosseguei porque soube que minha sogra estava com ela. Cheguei em casa por volta das 21 horas e vi minha filha no colo do meu sogro, com uma carinha melhor. Fiquei mais calmo quando ela até brincou comigo ao trocar fralda. Fiquei pensando como Papai do Céu é bom e como minha filha é protegida. Não teve grandes reações, não sentiu febre e antes de dormir ainda brincamos um pouco.
A semana acabou rápido e Maria Tereza está cada vez mais esperta. Tanto que hoje (sábado, dia 24/09) fizemos um novo ensaio com ela para marcar os 2 meses dessa criança. Cada dia mais esperta, mais gostosa, mais bochechuda e... mais amada. Estou para ver criança igual a minha filha. E olha que só tem 2 meses...
Obrigado pela visita! Desculpem a ausência.
Beijos do Papai Amador e fiquem com Papai do Céu!
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